Figura 1: Felino com plano nasal ulcerado. |
A criptococose é uma infecção fúngica, sistêmica, cosmopolita que pode ser transmitida para o gato, cão e até para o homem. A doença pode afetar o trato respiratório (especialmente cavidade nasal), sistema nervoso central, olhos e pele. A doença no felino geralmente é localizada. A doença não é transmitida diretamente do animal para o homem.
Epidemiologia: A infecção é adquirida através de fontes ambientais do fungo, especialmente a partir da inalação de propágulos providos das excretas de aves, principalmente pombos.
Etiologia: a criptococose é causada por um fungo da classe bastomyces, espécie cryptococcus neoformans.
Patogenia: A principal porta de entrada para as leveduras ou basiodiosporos do cryptococcus neoformans no gato é o trato respiratório, mas também pode ser por inoculação cutânea direta(STRADIOTO, 2010).
Segundo Stradioto, uma vez inalados, os microorganismos maiores podem ser filtrados e eliminados criptococcus neoformans. Animais infectados com o vírus da leucemia felina ou imunodeficiência felina, que causam imunossupressão, podem ser fatores predisponentes para a criptococose (STRADIOTO,2010).
Figura 2: Carcinoma de células esacamosas, um dos diferenciais para criptococose. |
Lesões macroscópicas: A infecção por criptococos causa rinite e sinusite granulomatosa. Lesões oronasais com presença de crostas ou úlceras. Massas firmes ou pólidos no tecido subcutâneo, principalmente sobre a região nasal, que confere o "apelido" de nariz de palhaço. Pode ter linfoadenopatia mandibular, meningoencefalite ou mielite granulomatosa.
Figura 3: felino com lesão ulcerada, característica de Criptocose. |
corantes especiais para fungos como mucicarpina e coloração de Gridley. Os organismos são caracterizados por corpo leveduriforme de paredes espessas, de forma ovoide ou esférica, que ocasionalmente exibe um brotamento solitário e é circundado por uma larga cápsula gelatinosa(STRADIOTO, 2010).
Figura 4: citopatologia de criptococose. Coloração de Giensa, 400x. Fonte: Axys analises. |
Diagnóstico diferencial: Esporotricose e carcinoma de células escamosas.
Tratamento: o tratamento é realizado com antifungicos como: cetoconazol, fluconazol, itraconazol e anfotericina B. O tratamento é de longa duração normalmente 60 dias até a remissão dos sinais clínico. Após a remissão dos sinais clínicos o tratamento deve continuar por mais 30 dias(Hnilica, 2012).
Referência
CEZAR, KARINE GONÇAVES. Criptocose em felinos: revisão de literatura. 2012.
Imagens
Figura 1:http://mesquitacomovai.com.br/saude/wp-content/uploads/2013/10/Imagem1.jpg
Figura 2:http://portalmedicinafelina.com.br/wp-content/uploads/2012/12/pombos-medicina-felina.jpg
Figura3:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF-v0Y00ztU_BbiNN6M3xo6XPXpM_kIoLuxj-VKh037B7Iu_fqQ9IoycDgBqbkZ_zW5vtrnF-WTUM-xb_PWEzVuCs5I2ofzYTSF0u5k_oQlISNa8xsCcY0b3tqfhqTBq3jus965tyMuA/s1600/Imagem2.jpg
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