A cinomose é uma doença endêmica,
que afeta principalmente os cães jovens. A taxa de ocorrência na clínica pode
chegar a 6% dos casos, e também representar até 11% do total de mortes em cães (
OLIVEIRA, 2009 ).
Agente etiológico: o vírus da
cinomose canina (canine distemper vírus), pertence à família Paramyxoviridae e
ao gênero Morbilivirus( SANTOS, 2006 ).
Epidemiologia: não existe
predisposição de sexo ou raça, porém acomete animais de idade que varia entre
60 e 90 dias, devido a diminuição nos anticorpo recebidos da mãe. Animais com até dois anos de idade podem
também ser contaminados devido a uma vacinação incorreta ou
insuficiente(ALBUQUERQUE, 2013).
Patogenia: o vírus infecta
linfócitos e replica-se, e via circulação sanguínea propaga-se para órgãos
linfoides, invade tecidos epiteliais e o sistema nervoso central. O vírus é
eliminado nos exsudatos respiratório, nas fezes e nos exsudatos conjutivais por
até 60 a 90 dias após a infecção natural(OLIVEIRA,2009). Após a inalação o
vírus é fagocitado pelos macrófagos e os vasos linfáticos levam para os tecidos
linfoides tonsilar, faríngeo e bronquial. A replicação em órgãos linfoides por
todo o corpo aumenta o número de vírus por 2 a 6 dias. O sistema nervoso
central e os tecidos epiteliais são infectados entre 8 e 14 dias
aproximadamente, após a infecção pelo vírus (OLIVEIRA, 2009).
Lesões Macroscópicas: Polioencefalomielite,
leucoencefalomielite desmielinizante, nasofaringite, conjuntivite serosa a
catarral e mucopurulenta (infecção bacteriana secundaria). Broncopneumonia
supurativa, secundária a Bordetella bronchiseptica. O vírus afeta também o desenvolvimento dos
brotos dentários e ameloblastos, causando hipoplasia do esmalte nos cães que se
recuperam da infecção(MACGAVIN, 2013).
Lesões Microscópicas: nos pulmões
espessamento das paredes dos alvéolos devido a infiltrados mononucleares intersticiais
e hiperplasia dos pneumócitos tipo II.
Figura 2: Pneumonia supurativa |
Sinais clínicas: consistem em
febre bifásica, diarreia, vômito, perda de peso, descarga oculonasal
mucopurulenta, tosse, distúrbios respiratórios e possível perda de visão.
Hiperceratose dos coxins plantares e plano nasal.
Figura 4: Hiperceratose dos Coxins. |
Figura 5: Animal com paresia dos membros posteriores |
Diagnóstico: o diagnóstico se baseia
no sinais clínicos descritos em cães jovens ou com vacinação inadequada.
Figura 6: Mioclonia generalizada |
Tratamento: não há tratamento com
anti-virais para cinomose. Os antibióticos de amplo espectro são indicados para
o controle das infecções bacterianas secundárias. A reposição de eletrólitos, o
uso de vitaminas do complexo B e complementos nutricionais são indicados como
terapia auxiliar (SANTOS, 2006). Além manter os olhos e nariz limpos e suporte
nutricional para reestabelecer a imunidade do animal.
Referências
MACGAVIN, D.M.; ET AL . Bases da patologia em veterinária. Rio
de Janeiro, Editora elsevier, 2013.
ALBUQUERQUE, A.R.; ET AL. Cinomose: Revisão de Literatura.
Anais 11º Encontro Científico
Cultural Interstitucional, 2013.
SANTOS, B.M.; Cinomose: Revisão de
Literatura. Especialização Latu Senso, 2006.
OLIVEIRA, A.C. Cinomose: Revisão de
Literatura. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, Ano VII
12 edição, 2009.
Imagens
http://amigodepatas.vet.br/doencas/imagens%20doenca/cinomose4.jpg
http://pato-especial.blogspot.com.br/2012/11/aula-pratica-caso-cinomose.html
http://www.ufrgs.br/patologia/ENSINO/ATLAS/Canino.%20Pulm%C3%A3o.%20Cinomose.%20Pneumonia%20supurativa%20difusa%20acentuada..JPG
http://198.1.102.131/~momentof//wp-content/uploads/2012/11/medium/filhotes-de-husky-siberiano-6.jpg
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