Figura 1 |
O tumor venéreo transmissível ou linfossarcoma de sticker é um neoplasma de células redondas( mesenquimais) que acomete a mucosa genital externa de cães de ambos os sexos, porém com menos frequência, outros órgãos podem ser acometidos como globo ocular, tecido subcutâneo e a pele(FLORENTINO,2006).
Figura 2: Cão com lesão em forma de couve-flor no pênis. |
Transmissão: ocorre pela implantação de células tumorais durante o coito, brigas ou contato com animais perigosos, também acontece devido a lambedura(FLORENTINO,2006; PETERSON & COUTO, 2010).
Figura 3: forma mais comum de transmissão, pelo coito. |
Epidemiologia: é uma afecção cosmopolita, com maior prevalência em cidades que tenham cães vadios. Segundo SOUSA, uma maior prevalência se na primavera e verão, correspondendo a 57,9% dos casos. Nas fêmeas o TVT localiza-se com maior frequência na vagina(53% dos casos) e nos machos no prepúcio e pênis(56%). Existe uma prevalência em algumas raças como a Rotweiller, Labrador, Alasca Malamute, Pator Alemão,, Boxer, Doberman, Akita, Husky, samoeida, e Cocker Spaniel(SOUSA,2000)
Patogenia:Acredita-se que o neoplasma tenha origem de uma alteração genética especifica nos histiócitos, seguido de uma transmissão entre esses indivíduos(MACGAVIN,2013). Na fêmea se inicia como um nódulo abaixo da mucosa vaginal ou vestibular e, quando cresce rompe a mucosa sobrejacente. A lesão tem origem normalmente na junção entre a parede da vagina e o vestíbulo.(MACGAVIN,2013 ) É um neoplasma que cresce do tecido para o lúmen.
Macroscopia: O TVT possui aspecto hiperêmico e sólido. Inicialmente, ele aparece como uma área elevada e com o desenvolvimento se torna um neoplasma com aspecto de couve-flor, podendo alcançar até 5 cm(PETERSON & COUTO, 2010). O TVT é friável e com presença de secreção sanguinolenta vaginal ou peniana( SOUSA, 2000).
Figura 5: TVT em pênis. |
Figura 4: TVT em vulva. |
Microscopia: são células neoplásicas grandes com formato redondo e oval, com tamanho uniforme porém núcleos grandes e bizarros(MACGAVIN,2013 ). O citoplasma é de coloração pálida e pode ter vacúolos periféricos. Pode desenvolver necrose multifocal(MACGAVIN,2013).
Figura 6: Microscopia. |
Sinais Clínicos: prurido, mudança de comportamento, agressividade ou desanimo, letargia e anorexia.
Diagnóstico diferencial: mastocitoma, linfoma e histiocitoma ( PETERSON & COUTO, 2010).
Tratamento: é feito com quimioterápico, como o sulfato de vincristina, administrado uma vez por semana por 6 semanas, já mostrando uma remissão considerável do tumor(PETERSON & COUTO, 2010).
Figura 7: Sulfato de Vincristina. |
Prognóstico:o prognóstico é favorável para 90% dos casos, quando o tratamento é realizado corretamente(FLORENTINO, 2006).
Referências
NELSON, RICHARD W., ET AL. Medicina interna de pequenos animais. Rio de Janeiro: Elsevier 2010 4º Edição.
MACGAVIN, M. DONALD, ET AL; Bases da patologia em veterinária. Rio de Janeiro: Elsevier 2013 5º Edição.
FLORENTINO, KEITTE C., ET AL; Tumor venéreo transmissível cutâneo canino: relato de caso.REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA -PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA DA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DE GARÇA/FAMED ANO III, NÚMERO, 07, JUNHO DE 2006.
SOUSA, J., ET AL. Caracteristicas e incidência do tumor venéreo transmissível em cães e eficiência da quimioterapia e outros tratamentos. Archives of Veterinary Science v.5, p.41-48, 2000.
Imagens
Figura 1: http://www.dicaspet.com/wp-content/uploads/2014/03/Rottweiler-Adulto-e-Filhote.jpg
Figura2:http://4.bp.blogspot.com/_MG2kDmxsk8/S19_XuLkn0I/AAAAAAAAAGM/dzp9TLa3SAs/s320/tumor_sticker.jpg
Figura3:http://diariodebiologia.com/files/2010/02/05456-Dogs-tied-during-mating-white background.jpg
Figura 4:http://petcare.com.br/blog/wp-content/uploads/2012/05/TVT-NA-VULVA.jpg
Figura5:http://petcare.com.br/blog/wp-content/uploads/2012/05/Nodulos-de-TVT-no-penis-do-c%C3%A3o.jpg
Figura 6:http://www.allesvet.com.br/clinica/TVT-Maia-SRD-008.jpg
Figura 7:http://www.pisaagropecuaria.com.mx/wp-content/uploads/2012/04/peqesp-img-prod-0144-crivosinvet.jpg
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