sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Adenite Equina (Garrotilho)


Figura 1: Empiema das bolsas guturais.

A adenite equina conhecida também por garrotilho ou ainda do inglês Strangles, é uma doença respiratória do trato superior, que causa lesões típicas de infecção bacteriana aguda (MacGavin, 2013; Moraes, 2009). A adenite tem como lesões principais linfadenite dos linfonodos regionais, principalmente o mandibular e o retrofaríngeo (MacGavin, 2013)
Etiologia: o garrotilho é causado pela bactéria Streptococcus equi subspécie equi, sendo esse microrganismo beta-hemolítico.
Epidemiologia: essa doença afeta a espécie equina, tendo uma alta morbidade e uma baixa letalidade (Moraes, 2009). Afeta animais de todas as idades, mas em especial os potros sobreano (Moraes, 2009).
Figura 2: Potros sobreano.
Transmissão: acontece de forma direta através de animais que estão incubando a doença e com sinais clínicos. A forma indireta acontece através dos fômites, quando compartilhados com animais portadores (Moraes, 2009).
Patogenia: o S. equi spp equi se adere na células epiteliais da mucosa nasal e bucal e invade a mucosa nasofaríngea , causando faringite aguda e rinite (Moraes, 2009). Caso o hospedeiro não consiga combater a infecção, o agente invade a mucosa e o tecido linfático faríngeo (Moraes, 2009). A medida que se desenvolve a doença há a formação de abscessos nos linfonodos, principalmente retrofaríngeo e mandibular; empiema das bolsas guturais e hemiplegia laríngea ou síndrome do cavalo roncador (compressão do nervo laríngeo recorrente pelos linfonodos aumentados) (Moraes, 2009; Macgavin, 2013).
Figura 3: aumento de volume na região do linfonodo mandibular.
Sinais Clínicos: se iniciam, normalmente, após 14 dias da exposição ao agente. Os sinais clínicos típicos de um processo infeccioso generalizado, como: febre, inapetência e depressão), assim como descarga nasal (inicialmente serosa e depois mucopurulenta), tosse produtiva, dor a palpação da região mandibular e aumento de volume dos linfonodos submandibulares (Moraes, 2009).
Figura 4: descarga nasal.
Consequências: Há uma série de “sequelas”, que podem ser observadas nos animais que tem ou tiveram o garrotilho, como: compressão do nervo laríngeo recorrente, levando a uma condição chamada hemiplegia laríngea; púrpura hemorrágica; garrotilho bastardo (quando há bacteremia e a consequente formação de abscessos em diversos órgãos); empiema das bolsas guturais; sinusite e rinite (Pansani, 2008; MacGavin, 2013).
Figura 5: empiema na bolsa gutural.


Referências

MACGAVIN, M.D.; et al. Bases em patologia veterinária. 5ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
MORAES, C.M.; et al. Adenite equina: etiologia, diagnóstico e controle.
PANSANI, M.A.; et al. Causa e tratamento de garrotilho em equinos. REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA; Ano VI – Número 10 – Janeiro de 2008 – Periódicos Semestral


Imagens

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