Figura 1: Empiema das bolsas guturais. |
A
adenite equina conhecida também por garrotilho ou ainda do inglês Strangles, é
uma doença respiratória do trato superior, que causa lesões típicas de infecção
bacteriana aguda (MacGavin, 2013; Moraes, 2009). A adenite tem como lesões
principais linfadenite dos linfonodos regionais, principalmente o mandibular e
o retrofaríngeo (MacGavin, 2013)
Etiologia:
o garrotilho é causado pela bactéria Streptococcus
equi subspécie equi, sendo esse microrganismo beta-hemolítico.
Epidemiologia:
essa doença afeta a espécie equina, tendo uma alta morbidade e uma baixa
letalidade (Moraes, 2009). Afeta animais de todas as idades, mas em especial os
potros sobreano (Moraes, 2009).
Figura 2: Potros sobreano. |
Transmissão:
acontece de forma direta através de animais que estão incubando a doença e com
sinais clínicos. A forma indireta acontece através dos fômites, quando
compartilhados com animais portadores (Moraes, 2009).
Patogenia:
o S. equi spp equi se adere na
células epiteliais da mucosa nasal e bucal e invade a mucosa nasofaríngea ,
causando faringite aguda e rinite (Moraes, 2009). Caso o hospedeiro não consiga
combater a infecção, o agente invade a mucosa e o tecido linfático faríngeo
(Moraes, 2009). A medida que se desenvolve a doença há a formação de abscessos
nos linfonodos, principalmente retrofaríngeo e mandibular; empiema das bolsas
guturais e hemiplegia laríngea ou síndrome do cavalo roncador (compressão do
nervo laríngeo recorrente pelos linfonodos aumentados) (Moraes, 2009; Macgavin,
2013).
Figura 3: aumento de volume na região do linfonodo mandibular. |
Sinais
Clínicos: se iniciam, normalmente, após 14 dias da exposição ao agente. Os
sinais clínicos típicos de um processo infeccioso generalizado, como: febre, inapetência
e depressão), assim como descarga nasal (inicialmente serosa e depois
mucopurulenta), tosse produtiva, dor a palpação da região mandibular e aumento
de volume dos linfonodos submandibulares (Moraes, 2009).
Figura 4: descarga nasal. |
Consequências:
Há uma série de “sequelas”, que podem ser observadas nos animais que tem ou
tiveram o garrotilho, como: compressão do nervo laríngeo recorrente, levando a
uma condição chamada hemiplegia laríngea; púrpura hemorrágica; garrotilho
bastardo (quando há bacteremia e a consequente formação de abscessos em
diversos órgãos); empiema das bolsas guturais; sinusite e rinite (Pansani, 2008;
MacGavin, 2013).
Figura 5: empiema na bolsa gutural. |
Referências
MACGAVIN,
M.D.; et al. Bases em patologia veterinária. 5ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2013.
MORAES,
C.M.; et al. Adenite equina: etiologia, diagnóstico e controle.
PANSANI,
M.A.; et al. Causa e tratamento de garrotilho em equinos. REVISTA CIENTÍFICA
ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA; Ano VI – Número 10 – Janeiro de 2008 –
Periódicos Semestral
Parabéns pelo trabalho tão bem elaaborado
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